segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

"Crepúsculo" de Stephenie Meyer

Em três pontos, eu estava absolutamente segura.
Em primeiro lugar, Edward era um vampiro.
Em segundo lugar, uma parte dele - e eu não sabia qual era o poder dessa parte - ansiava pelo meu sangue.
Por fim, em terceiro lugar, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele.


Bestseller do New York TimesMelhor Livro do Ano do Publishers Weekly"Best Book of the Decade... So Far" da Amazon

"Impulsionado por suspense e romance em igual medida, [esta história] fará com que os leitores voltem freneticamente as páginas desta viciante estreia de Meyer."- Publishers Weekly
"O factor-perigo do romance dispara à medida que a adrenalina de um amor secreto e de um afecto calado se transforma numa corrida aterradora para a sobrevivência..."- School Library Journal (crítica em destaque)


"Na tradição de Anne Rice... este romance é fascinante."- Booklist
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OME! Ainda estou a saborear as últimas palavras deste maravilhoso livro! *.* Estou completamente atónita. oO
Saboriei cada momento, cada palavra, cada fala. Gostei tantinho! ;P
Bom, acho que nunca li um livro em tão pouco tempo e também acho que nunca estive tão ansiosa para abrir uma das prendas de Natal (os livros "Lua Nova" e "Eclipse"). Tenho a certeza de que vou ficar a noite toda a ler depois da meia-noite do dia 24! Hehe. Já pensei em começar a ler outro livro agora, mas depois não o acabava a tempo para começar a ler o segundo desta maravilhosa saga. Além disso tenho de me concentrar nos "Maias" (o que parece impossível, não que o livro seja mau, mas...).
Bem, quanto ao livro em si, não tenho críticas negativas a fazer. Ansiei tanto por lê.lo e não me desiludiu nem um bocadinho. Adoro este tipo de romances. Até podem ser um bocadinho lamechas, mas são fantásticos! *.*
Sinceramente, não vou adiantar muito o comentário ao livro, ainda estou emocionada. ;) Posso apenas dizer que é um dos meus favoritos, absolutamente.
"Este é um livro dos sentidos: Edward é atraído pelo odor de Bella; ironicamente, Bella, sente repulsa quando vê sangue. O amor deles é palpável, ampliado pelos seus toques, e os adolescentes vão responder visceralmente." - Booklist
De qualquer das maneiras agora tenho de esperar para ver o filme, ou melhor, esperar que ele chegue ao cinema de Ourém. Sim, porque na minha terrinha o cinema fechou. :S

Já agora, falemos da capa. Compreio-o esta terça-feira que passou e ele já trazia uma segunda capa (do filme, como está na primeira imagem), mas a capa real, bem.. é de extrema beleza. Vou tentar transmitir-vos a minha interpretação embora seja óbvia demais.. A maçã significa obviamente o "fruto proibido". Se observarmos com atenção, as mãos que seguram a maçã são femininas, e estas oferecem a maçã. É fácil de estabelecer a relação: Bella é o "fruto proibido" de Edward, aquilo que ele quer mas não deveria possuir. Apesar disso, Bella entrega-se ao amor dele, mesmo sabendo que é perigoso.

And then, the lion fell in love with the lamb.

Já agora, feliz Natal! :'D

Sayounara.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"P.S. - Eu amo-te" de Cecelia Ahern

Quase todas as noites Holly e Gerry tinham a mesma discussão - qual dos dois se ia levantar da cama e voltar tacteando pateticamente o caminho de regresso ao apetecível leito? Comprar um candeeiro de mesa-de-cabeceira parecia não fazer parte dos planos, e assim o episódio da luz repetia-se a cada noite, num rito conjugal de pendor cómico a que nenhum desejava pôr termo. Agora, ao recordar esses momentos de pura felicidade, Holly sentia-se perdida sem Gerry. Simplesmente não sabia viver sem ele. Mas ele sabia-o, conhecia-a demasiado bem para a deixar no mundo sozinha e sem rumo. Por isso, imaginou uma forma de perpetuar ainda por algum tempo a sua presença junto da mulher, incentivando-a a viver de novo. Mas como se sobrevive à perda de um grande amor? Holly ter-nos-ia respondido: não se sobrevive! Mas Holly sobreviveu!
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Bom, devo dizer que já andava a admirar este livro há uns belos tempos atrás. Simplesmente não o comprei na altura por causa do título... pensei que fosse uma história de amor "fatela"... De qualquer das maneiras, na feira do livro do meu colégio lá estava ele, à minha espera.. e ainda por cima mais baratinho.. então decidi que valia a pena matar a curiosidade. :)
Duas palavras para descrever o livro: simplesmente maravilhoso!
A história em si, não foi nada como esperava. É sim uma hitória de amor, mas uma história que nos leva para um universo onde o sentimento perdura depois da morte.
Como sobreviver à perda do amor de uma vida com simplicidade, modéstia e puro divertimento apesar da dor? Como sentir presente alguém que partiu para não mais voltar? Este livro fantástico, que proporciona momentos de leitura quase hipnótica tem a resposta... Dá vontade de pegar no papel e na caneta e dizer àquela pessoa tudo o que se sente e no fim dizer "P.S. - Eu Amo-te". ;)
Não pretendo adiantar muito a história porque assim perde a piada e por isso mesmo, aconselho a lerem-no! É tãoooo lindooooo!
Talvez até alguns de vocês já tenham visto o filme. Sim, o livro foi já adaptado ao grande ecrã, com o título "P.S. - I love you". Ainda não o vi mas entretanto alugo-o. Vou deixar-vos o trailer para matarem a curiosidade! Acho que está muito bem feito, em parte é um belo resumo! ;)

Primeira mensagem - Março (página 31)

Poupa algumas nódoas negras, e compra um candeeiro de mesa-de-cabeceira.

P.S.: Eu amo-te.

Penúltima mensagem - Novembro (página 329)

A Cinderela tem de ir ao baile este mês. E irá com um aspecto encantador e maravilhoso e divertir-se-à imenso como sempre... Mas nada de vestidos brancos este ano...

P.S.: Eu amo-te.

Última mensagem - Dezembro (página 349)

Não tenhas medo de te apaixonar outra vez. Abre o teu coração e segue para onde ele te levar... e lembra-te, pede a lua...

P.S.: Eu amar-te-ei sempre.

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Áh sim, é verdade, nesta terça-feria que passou comprei quatro livros. Bom, tecnicamente comprei dois. A primeira aquisição foi "O Crepúsculo" (finalmente encontei-o '--) e depois aproveitei uma bela promoção na Bertrand em que comprava o primeiro livro das "Crónicas de Gelo e Fogo" e ofereciam o segundo. Hehe. Essa loja nunca me desilude... mais uma vez está com umas promoções fantásticas! ;)

Uma outra aquisição foi o livro "Lua Nova" (o segundo da saga "Luz e Escuridão"), mas esse é uma das prendas de Natal da mamã. xD

Sayounara.

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(update) - 20.12.2008

O filme "P.S. - Eu amo-te" não vale a pena. O livro é 100 vezes melhor!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Para o Natal...

Bom, com a chegada do Natal, chega também a difícil etapa de escolher os livros.. Já ando de olho nuns quantos! Hehe. ;)
Quero imenso ler a saga "Luz e Escuridão" de Stephenie Meyer! São sem dúvida alguma os livros que ocupam o topo da minha Wishlist! O primeiro livro "Crepúsculo" quero comprá.lo antes do Natal para ler e ver o filme no cinema, mas está difícil de encontrar nas livrarias aqui do sítio... está esgotado. Tenho de o ir procurar à Bertrand! ;P
Estou desejosa de ler os livros, principalmente o primeiro para ver o filme. Sim, porque sou das pessoas que acham pouca piada ver um filme sem antes ler o livro. =P
Já ouvi falar tão bem destes livros que esta curiosidade me está a matar! :O

sábado, 22 de novembro de 2008

"O último Verão (Teu & Meu)" de Ann Brashares

Resumo:
Em Waterby, Fire Island, os ritmos e os rituais do Verão são os mesmos de sempre: o cerimonial das chegadas e das partidas de ferry; os jantares no clube náutico com vistas de cortar a respiração; o decreto contra o uso de sapatos; e o desfile de miúdos bronzeados e cobertos de areia, que se tornam maiores de idade na praia. Passada neste cenário cheio de vida, O Último Verão é a história encantadora - e comovente - da amizade entre três jovens, para quem o Verão e aquele lugar significam tudo. As irmãs Riley e Alice voltam todos os anos à modesta casa de praia dos pais. Riley é nadadora-salvadora e uma maria-rapaz, sempre pronta para nadar à noite, velejar com vento forte ou correr pela praia. A bonita Alice é meiga, gosta de ler e de meditar, e venera a irmã mais velha. E, na enorme casa que ofusca a humilde habitação delas, vive Paul, um amigo tão importante para ambas como o próprio local. Depois de alguns anos afastado, Paul volta finalmente à ilha. Mas o seu regresso marca uma estação de tremendas mudanças e, quando uma atracção que ferve em lume brando e um grande segredo colidem, os três amigos são lançados num mundo desconhecido, um mundo em que o seu refúgio de Verão já não os pode proteger. Com afecto, humor e sabedoria, Brashares faz-nos sentir as alegrias e as torturas do amor. Recorda-nos a força e os espinhos da amizade, a dor da perda e o peso dos laços familiares. Profundo e comovente, O Último Verão é uma celebração sentida do Verão e da nostalgia da juventude.
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Biografia da escritora:
Ann Brashares é autora dos bestsellers juvenis "Quatro Amigas e um Par de Calças", "O Segundo Verão das Quatro Amigas e um Par de Calças", "O Terceiro Verão das Quatro Amigas e um Par de Calças" e "Forever in Blue", com milhões de leitores. Esta colecção, que capta de forma poderosa as complexidades emocionais da amizade feminina e do amor juvenil, vendeu, só nos Estados Unidos, mais de oito milhões de exemplares. Com "O Último Verão", cujos direitos já foram cedidos para 15 países, apresenta um novo grupo de personagens e de relacionamentos adultos, tão encantadores quanto inesquecíveis. Ann Brashares vive em Manhattan e passa os verões em Fire Island, Nova Iorque.
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Comentário:
Achei um livro muito "querido", não só pela história em si, mas também pelas personagens que têm um carácter maravilhoso. Apaixonei-me completamente por elas. *.*
É um romance que quando se começa a ler não se consegue deixar de lado. "É perfeito para ler sob um guarda-sol".

domingo, 9 de novembro de 2008

"A rapariga que roubava livros" de Markus Zusak


Resumo:

Este livro conta a história de uma menina chamada Liesel, que viveu durante o período da Segunda Grande Guerra, na alemanha nazi. "Heil, Hitler", cruzes suásticas, abrigos anti-aéreos, judeus perseguidos, medo e fome são presença constante ao longo de 462 páginas.
Foi no dia do funeral do irmão que Liesel roubou o seu primeiro livro, Manual do Coveiro. Separada da mãe e junto da sua família de acolhimento, a rapariga cresce com o acordeão do "papá" e os "saumensch"/"saukerl" da nova mãe, os jogos de futebol na rua, o amigo Rudy, os livros roubados, o judeu escondido na cave…
O livro marca mais pelos factos que descreve acerca dos horrores da guerra do que pela história dos livros roubados, o que vai contra o que sugere o título: "Era o melhor sítio, tinham eles decidido. É mais difícil encontrar um judeu no escuro. Sentado na sua mala, à espera. Há quantos dias já? Comera apenas o gosto amargo do seu próprio bafo faminto durante o que lhe pareciam semanas, e ainda nada." (p.122)
Outro ponto forte é o facto de a narradora omnisciente ser a própria Morte: "Um humano não tem o coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e eu possuo a interminável capacidade de estar no sítio certo na altura certa (…) Ainda ssim, eles têm uma coisa que eu invejo. Os humanos, quanto mais não seja, têm o bom senso de morrer" (p.413).
É com a ajuda de Rudy (o rapaz que ansiava por um beijo de Liesel) e também através dos livros roubados e oferecidos e das palavras (que mais tarde começa a escrever na cave), que Liesel sobrevive a uma Alemanha do "Heil, Hitler".
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Biografia do escritor:

O autor australiano Markus Zusak cresceu a ouvir histórias a respeito da Alemanha Nazista, sobre o bombardeamento de Munique e sobre judeus a marchar pela pequena cidade alemã da sua mãe. Ele sempre soube que essa era uma história que ele queria contar.
"Nós temos essas imagens das marchas em fila de garotos e dos 'Heil Hitlers' e essa ideia de que todos na Alemanha estavam juntos nisto. Mas ainda havia crianças rebeldes e pessoas que não seguiam as regras e pessoas que esconderam judeus e outras pessoas nas suas casas. Então eis outro lado da Alemanha Nazista", disse Zusak numa entrevista com o The Sydney Morning Herald.
Aos 30 anos, Zusak já se afirmou como um dos mais inovadores e poéticos romancistas dos dias de hoje. Com a publicação de "A Rapariga que Roubava Livros", ele foi baptizado como um 'fenómeno literário' por críticos australianos e norte-americanos. Zusak é o autor vencedor do prémio de quatro livros para jovens: "The Underdog", "Fighting Ruben Wolfe", "Getting the Girl", "Eu Sou o Menssageiro", receptor de um 2006 Printz Honor por excelência em literatura jovem. Markus Zusak actualmente vive em Sydney.
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Comentário:

Bom antes demais devo um pedido desculpa pela minha ausência. A escola atrasa-me a leitura e por isso torna-se bastante difícil ler um livro em pouco tempo. Estou num ano exigente em que cada minuto é importante para resolver um ou outro exercício. Mas não dispenso a leitura nem que seja apenas de 2 ou 3 páginas antes de adormecer. ;P
Quanto ao livro, gostei. Gostei bastante. É um livro original, não só pelo facto de ser a própria Morte a narrar a história, pelo seu lado irónico e bem-disposto mas também pelas cenas que ela própria descreve relativas à Segunda Guerra Mundial. Foi um livro que despertou o meu interesse desde o ínicio, mas devo dizer que estava à espera de algo mais. Não que o livro seja mau, porque não é. Acho que foi por ter ouvido tantas opiniões positivas que as minhas expectativas aumentaram. De qualquer das maneiras gostei. Recomendo. :D
Sayounara.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

"O Beijo do Highlander" de Karen Marie Moning


Resumo:
Exausta do trabalho e saturada do quotidiano, Gwen Cassidy decide marcar uma viagem à Europa. O destino escolhido são as verdes Highlands da Escócia. Mas a esperança de encontrar o homem dos seus sonhos desvanece quando percebe que a sua fantástica viagem é afinal uma excursão de idosos. Frustrada, decide deambular sozinha pelas colinas de Loch Ness, onde acaba por escorregar e cair numa caverna há muito abandonada.
Nessa caverna, jaz Drustan Mackeltar, um lorde escocês adormecido por um feitiço há quinhentos anos, que começa a desenvolver um sentimento controverso pela fascinante personalidade de Gwen. Irreverente e impulsiva, ela não é nada como as mulheres que se cruzaram na sua vida. Será ela uma mulher à altura de um lorde como Drustan?

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Gwen, é uma rapariga de vinte e cinco anos, independente, inteligente mas um pouco despistada, com tendência ao pessimismo, um sentido de humor ácido e uma virgem com as hormonas “aos pulos”.
Gwen quer desesperadamente um homem, para tal embarca numa viajem para a Escócia, que não é outra coisa senão uma excursão de idosos. Frustrada, decide vaguear pelas colinas de Loch Ness, onde acaba por cair numa caverna há muito abandonada. É aí que encontra e desperta Drustan McKeltar, um poderoso laird das Terras Altas, encantado num sono de mais de cinco séculos e com um grande segredo às costas. As reacções de Drustan para com Gwen além de altamente eróticas são divertidas, quando descobre que está no futuro.

Unida a Drustan por uma paixão mais forte que o tempo, Gwen é transportada a Escócia do século XVI, mas nem tudo corre como previsto…
A partir daí contamos com cenas hilariantes, poderosos druidas, muita tensão sensual e mais viagens no tempo.

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Biografia da escritora:

Karen Marie Moning nasceu em Cincinnati, Ohio, uma de quatro crianças. Graduou-se pela Universidade de Purdue com um Bacherlato em Lei e Sociedade. Depois de uma década a trabalhar no ramo da advocacia, ela deixou o seu trabalho para perseguir o sonho de ter uma carreira como escritora. Quatro manuscritos e inúmeros trabalhos em part-time mais tarde, O Beijo do Highlander foi publicado e nomeado para os prestigiados prémios RITA. As suas histórias já foram publicadas no The New York Times, USA Today e apareceram nas listas de bestseller do Publisher's Weekly.
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Comentário:
Antes demais deixem-me deixar as minhas desculpas pela "ausência", mas agora, com as aulas, o ritmo de leitura fica mais lento. :\
Quando comecei a ler o livro, achei-o um bocado "estúpido, fatela" porque me pareceu mais um romance daqueles de torcer o nariz, mas não. Gostei bastante, não só da história, mas também pela maneira de escrever da escritora - que é bastante engraçada. Tive pena do livro se centrar muito no romance que Gwen e Drustan viviam, mas enfim, não deixa de ser um bom livro.
É mais uma história muito bem construída que mistura romance, humor, acção e muito amor.
Recomendo-o apenas a pessoas que gostam de ler romances, em que a vida de um casal é o centro das atenções.

sábado, 13 de setembro de 2008

"Inauguração" de novo blog

Olá!
Bem decidi deixar aqui uma notinha. Criei um novo blog. Sobre música. Para além da literatura, o mundo da música é algo que me fascina imenso. Faz.me sentir livre, faz.me experimentar emoções desconhecidas, acorda o meu lado sentimentalista, ou por sua vez um lado mais rebelde..concluindo, faz.me sentir bem.
Vou deixar o link aqui em baixo na eventualidade de quererem visitar (e também o adicionei aos cantos da casa). Ainda está bem no início, mas o que pretendo com ele é partilhar os meus gostos musicais, divulgar algumas bandas que ainda estão em fase de "apreciação" e afins. É um blog muito diferente deste, mais "descontraído" se é que lhe posso chamar isso. Também eu escrevo de maneira diferente porque a música dá.me para isso. Não se assustem. ;P
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domingo, 7 de setembro de 2008

"O Poço das Sombras" de Juliet Marillier

Resumo:
"O Poço das Sombras" é o terceiro livro da saga "As Crónicas de Bridei", que é narrado no reino dos Pictos (Escócia) - Fortriu. Inspirado numa poderosa figura histórica, contemporânea do célebre Rei Artur, Bridei é uma imagem de liderança e de carisma.
Esta é uma criativa e intrigante história merecedora de aplausos por imensos fãs já conquistados.
"Em missão secreta na Irlanda por ordem do Rei Bridei de Fortriu, Faolan tem também de dar a notícia da morte de um bravo guerreiro. Porém, o principal assassino e espião de Bridei tem de enfrentar os demónios do passado sombrio da sua família com resultados inesperados. Quando segue o rasto de um poderoso clérigo cristão que pode ser uma ameaça para a estabilidade do reino pagão de Bridei, Faolan torna-se responsável por uma criança, um cão e Eile, uma jovem perturbada e desconfiada. Para Eile, a viagem a Fortriu é uma confrontação. Acostumada a uma vida de privações e labuta, a jovem vê-se perante um mundo estranho, cheio de lições novas, onde o principal desafio é aprender a confiar nas pessoas. Na corte de Bridei, em Monte Branco, notícias perturbadoras vindas do reino vizinho de Circinn, levam o Rei a convocar a conselho os seus chefes-de-guerra. Após o desaparecimento do principal conselheiro de Bridei e a morte trágica de uma jovem criada, a ameaça provocada pela influência cada vez Maior da Cristandade parece ser o menor dos perigos..."
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Biografia da escritora:
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Comentário:
Acabei mesmo agora de ler a trilogia. Estou maravilhada, completamente! Nem tenho palavras para descrever a grandiosidade deste livro.
Achei-o mais sereno do que o anterior, mas mais maravilhoso do que nunca. Fiquei feliz com o final que Juliet Marillier reservou para Faolan (personagem principal nos 2 últimos livros). Juliet deu-lhe a capacidade de amar novamente... a personagem conseguiu voltar a ser humana sem precisar que a lembrassem.
Gostei imenso do livro! Recomendo esta trilogia porque realmente é fantástica! Nunca tinha lido livros de Juliet Marillier, mas realmente não me desiludiu. No entanto, não posso deixar de comentar a triste tradução feita ao livro. Por exemplo: enquanto nos outros dois livros anteriores a prisão onde Faolan esteve se chamava "Breakstone", neste chamou-se "Pedra que Quebra". Na minha opinião, traduzirem-se nomes de locais não tem lógica nenhuma. E traduzirem-se alguns e deixando os restantes... ainda menos lógica tem. Os dois pássaros (sobreviventes) que acompanhavam Drustan eram uma gralha e uma carriça, enquanto neste passou a ser um corvo e outro que agora não me recordo. Reparei que os tradutores deste livro foram outras pessoas, no entanto, acho uma negligência grave não se terem preocupado com as obras anteriores... Já para não falar dos erros ortográficos que acompanharam os três livros..
É com muita pena minha que me "despeço" desta trilogia fantástica. Mas já ouvi falar num 4.º livro, embora ainda não esteja confirmado. Espero bem que a autora dê continuação à história! Era óptimo! ;)
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Passagem:
"Broichan virou as costas ao vale e começou a subir ao abrigo da floresta. Com ele movia-se uma figura encapuzada, de contornos pouco nítidos. Caminha, dizia a voz, e a cada passo que dás, lembra-te. Lembra-te do teu orgulho, lembra-te da tua ambição, lembra-te da tua crueldade.— Tudo o que fiz — disse Broichan — foi por amor d' Aquela que Brilha e do Guardião da Chama. Fui sempre obediente. Toda a minha vida segui o caminho dos deuses e sempre respeitei as suas leis. Procura no teu coração, murmurou a voz. Examina o passado. Vira o olhar perspicaz da erudição para os teus próprios actos. Aplica a ti próprio o que pregas: o saber não ocupa lugar. Sim, até no reconhecimento de que falhaste em relação à tua própria filha. Como podes tu professar a obediência à vontade dos deuses quando és incapaz de reconhecer o seu dom mais precioso?"

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"Acabar tudo naquele momento era fazer troça dos homens que tinham saído de lá, tão poucos como os dias secos do Outono. O prisioneiro tocou na estrela que tinha tatuada por trás da orelha. Um sobrevivente. Se o era, não o merecia. Mais valia Echen ter acabado com ele naquela noite. Pelo menos não teria tomado conhecimento dos danos que tinha causado.
Ana: uma razão para continuar, uma razão para não desistir. Faolan pensou lembrar-se, vagamente, de lhe ter feito uma promessa. Era-lhe difícil imaginar-lhe o rosto; tudo o que via era uma neblina dourada e dois penetrantes olhos cinzentos. Como não gostava do seu olhar, Faolan pô-los de lado, tirou a camisa e começou a rasgá-la, servindo-se dos dentes. Em seguida calculou a altura a que estavam as grades da janela. Necessitaria de toda a sua força de vontade porque não estavam muito afastadas do chão, mas era capaz. Porém, teria de esperar. Mais tarde, depois de Seamus lhe trazer o jantar. Tinha de ter a certeza de que não seria interrompido. Não precisou de muito tempo para atar e torcer os bocados da camisa, conseguindo uma espécie de corda. Uma voz murmurava-lhe na cabeça, uma voz que não conseguia silenciar: a voz de Deord. Faolan via os ombros largos e a cabeça calva do guerreiro na sua cela, de pernas afastadas na penumbra. Maldito lugar. Não me abandones
Vive-a, dizia Deord. Faolan pestanejou e o fantasma desapareceu, mas a voz continuou: Cumpre a tua promessa. Vive a vida que eu te consegui. Vive-a por nós, pelos que não puderam continuar. Faolan atou a corda em redor das grades e testou-lhe a força, pendurando-se nela. Parecia firme. Talvez, no fim de contas, o fizesse naquele mesmo momento. Se esperasse, talvez acabasse por desistir. Talvez escutasse e se deixasse convencer. Seamus demoraria algum tempo até regressar. Não levava muito tempo a morrer, se estivesse mesmo decidido. Faolan fez um nó corredio e pôs a corda ao pescoço. Era melhor não pensar. Era melhor continuar...
— Faolan! — A voz vinha do exterior, tão estridente como o grito de uma gaivota. Era Eile. — Faolan, onde estás? O teu pai está aqui! Vimos buscar-te. Deuses.
O prisioneiro levou as mãos ao pescoço, encheu os pulmões e gritou:— Aqui, Eile. Estou aqui!— Aguenta-te... — A voz da moça calou-se subitamente. Faolan pensou ouvir outras vozes, apesar de não conseguir distinguir as palavras. Seamus, talvez, e mais alguns homens. O seu corpo começou a tremer convulsivamente. Lenta, cuidadosamente, como um homem habituado a exercer um controlo total sobre os seus pensamentos e acções, Faolan afrouxou o aperto, desfez o nó corredio, desapertou a suposta corda da grade da janela e, deixando-se cair no chão, começou a desfazê-la. Nas suas mãos, o instrumento de morte transformou-se num monte de trapos e o prisioneiro serviu-se deles para enxugar as lágrimas."

sábado, 6 de setembro de 2008

Volta. ♥

"Volta. Olha-me mais uma vez, dá-me só mais um abraço, beija-me por um segundo que seja. Sorri-me em toda a nossa cumplicidade, mostra-me de novo esse paraíso no teu olhar. Enfeitiça-me ainda com esse perfume só teu, queima-me com os arrepios do teu toque. Faz-me rir, faz-me chorar, faz-me querer partir e não ir. Agarra-me, só para me largares no instante seguinte. Ri-te, chora - mas ri-te e chora comigo. Traz-me de novo sonhos pintados no céu, dá-me só mais uma vez a lua daquela noite, regressa para um único amanhecer apenas.
(...)
Odeia-me, ama-me; permite-me amar-te, odiar-te, sentir todo um turbilhão demente de emoções. Ignora-me, ouve-me, desaparece e chama-me. Traz-me essa tua voz tímida só mais uma vez. Esquece-me, não me ames... mas volta. Volta."
Nicholas Sparks - Diário da Nossa Paixão

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Há dias de sorte!

E mais uma vez sinto.me privilegiada por ser uma cliente assídua da livraria Bertrand. Então não é que hoje fui levantar dois livros de apoio (11.ºano) e recebi outro vale de €10? Pois é, levantei os livros e ainda tive direito a outro à borlix. Quer dizer, tive de pagar mais €7.5, pois o livro custava €17.50 (escolhi "A Praia Roubada" de Joanne Harris). Toda feliz lá fui pagar e ainda recebi outro vale. Não sei se a senhora se enganou, mas se calhar acumulou.me os pontos da venda que fez a outra cliente antes de mim. Não sei se foi coincidência ou quê, mas às vezes é preciso mesmo estes dias de sorte para nos levantar o ego. Acabei por encomendar "A rapariga que roubava livros" de Markus Suzak. ;)
Caros fregueses, recomendo vivamente que tenham acesso ao cartão de leitor Bertrand. Têm regalias, tal como a que referi acima e além disso nestes próximos meses (Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro), todas as segundas segundas-feiras de cada mês têm direito a 20% de desconto em qualquer livro. Esta promoção vem já desde Maio, mas só à pouco tempo me apercebi, além disso tenho viva a esperança de que eles prolonguem esta promoção para o ano seguinte.

"Quem compra um conto, acrescenta um ponto" (na verdade acumula 15 pontos por cada euro) ;)
Segundas segundas-feiras:
-> 08 de Setembro
-> 13 de Outubro
-> 10 de Novembro
-> 08 de Dezembro
E mais uma vez me sinto obrigada a dizer que não recebo comissões, apenas divulgo aquilo a que tenho acesso pois acho que vale a pena.
Já agora aproveito também para dizer que a minha leitura vai a ritmo lento. Não é que não esteja a gostar do livro, muito pelo contrário, mas tenho sempre outras coisas para fazer que me impedem de agarrar no livro a saborear o momento.
Cumprimentos. ;);)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"A Espada de Fortriu" de Juliet Marillier

Resumo:
"A Espada de Fortriu" é o segundo livro da saga "As Crónicas de Bridei", que é narrado no reino dos Pictos (Escócia) - Fortriu. Inspirado numa poderosa figura histórica, contemporânea do célebre Rei Artur, Bridei é uma imagem de liderança e de carisma.
Esta é uma criativa e intrigante história merecedora de aplausos por imensos fãs já conquistados. Neste livro podemos acompanhar os primeiros seis anos do reinado de Bridei como rei de Fortriu, reinado que agora será testado com uma guerra desleal, onde a confiança e a traição são separadas por estreitos caminhos por onde Bridei terá de passar.

"A Espada de Fortriu cobre os primeiros seis anos do reinado de Bridei como rei de Fortriu. O reino de Fortriu gozou cinco anos de paz desde que Bridei chegou ao trono. Agora, o rei prepara-se para uma guerra há muito esperada que, segundo pensa, banirá para sempre do Ocidente os invasores Galeses. A princesa Ana, refém de Fortriu desde a sua infância, é enviada para Norte, para se casar, estrategicamente, com um líder que nunca viu, e com isso ganhar um aliado no qual se baseia a vitória de Bridei. A sua escolta é conduzida por um homem que ela despreza: o enigmático Faolan, assassino e espião de Bridei. A expedição está amaldiçoada, e quando chegou à fortaleza do chefe Alpin, situado no misterioso bosque de Briar Wood, ela sentia-se desassossegada. Este é um lugar repleto de segredos. Quando Ana descobre um prisioneiro enclausurado no mais desolado das prisões, encontra uma conspiração de silêncio. Entretanto, Faolan caminhava entre a ténue linha que separa lealdade e traição.
O exército de Bridei marchava para a guerra. Porém, foi revelado aos que ficaram para trás que o seu rei não somente caminhava em direcção à derrota, mas também para uma morte certa... o tempo urge e só existe um único mensageiro capaz de chegar a horas para evitar o desastre. Para alistar o seu serviço, Ana poderá perder o que lhe é mais querido."
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Biografia da escritora:
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Comentário:
Acabei de ler mais uma maravilhosa obra de Juliet Marillier. Ainda estou a saborear as últimas plavras da escritora. É um livro emociante não só pelas cenas de guerra descritas como também pela história de amor impossível vivida pelo braço direito de Bridei, Faolan.
Desta vez Bridei, rei de Fortriu foi passado para segundo plano e a história centrou.se em Ana e Faolan e de certa forma também em Drustan, irmão de Alpin.
Juliet Marillier na minha opinião é uma das melhores escritoras do seu género literário. Com maestria a autora recria com perfeição os cenários, as belas personagens e consegue, com um toque de magia, misturar lendas, mitos e histórias.
Estou ainda emocionada para escrever mais sobre este livro. Mas, garanto que para quem gosta do estilo, esta é não só uma obra de excelente entretenimento, como uma obra que irá realmente emocioná.los.
Arrisco.me a dizer que esta é uma triologia que vai ficar na minha memória sob a forma de "Os Favoritos", mas só depois de ler o último livro o poderei confirmar.
Vou agora (talvez amanhã), com muito pesar e alegria ao mesmo tempo, pegar no último livro da trilogia.
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Passagem:
"— Fomos nós, não foi? — perguntou, com uma sensação de perda no coração. — Drustan e eu afastamos-te. Isto é terrível, Faolan, cruel e errado. Sei o que Bridei representa para ti. Não podes deixar que o que aconteceu estrague essa ligação. O teu irmão morreu e essa morte levou um pouco do teu espírito. Não deixes que a fúria te roube um amigo tão próximo como qualquer irmão. Talvez julgues que fracassas.te na tua missão. Bridei não vai concordar. Pelo menos espera no Monte Branco, até que ele tenha oportunidade de to dizer.
Faolan soltou gentilmente as mãos, puxou o saco que tinha às costas mais para cima e virou-se.— Por vezes há coisas que não devem ser ditas — indicou. — Às vezes é melhor guardar silêncio. Tenho de partir. Sinto uma urgência, uma necessidade de regressar à corte rapidamente, mesmo sabendo que Bridei estará fora. Isso impele-me ainda mais do que...
— Ainda mais do que a tua aversão a veres.me e a Drustan juntos? - perguntou-lhe Ana, sem rodeios.
— Qual o casal de amantes que aprecia um observador permanente? - O tom era amargo. — Desejo.te o melhor. Adeus, Ana. — Com alguns passos sob as árvores, Faolan desapareceu de vista antes que a jovem conseguisse ganhar fôlego para responder, embora não fizesse ideia de qual poderia ser a resposta. Esperou por Drustan sentada na relva, as mãos à volta dos joelhos, tentando não aceitar a convicção cada vez mais forte de que, sem a presença de Drustan e de Faolan, faltar.lhe.ia sempre uma parte essencial do seu ser. A sua mente não o admitia, não podia ser verdade, estava longe de tudo o que esperara, era uma irregularidade num caminho futuro, que deveria estender.se de uma forma exacta. Nunca acreditara que pudesse ter a felicidade de encontrar um homem que viesse a amar como a Drustan, uma paixão inebriante que apagava tudo o resto. Quase tudo. Havia Faolan: o seu amigo mais querido, o companheiro sempre presente e forte, o seu complemento. Amparara.a quando o caminho se desmoronara a seus pés. A sua música fizera.a chorar. Os seus braços tinham afastado as trevas. Os olhos disseram-lhe... Os olhos disseram-lhe que ele a amava tal como Fionnbharr amava Aoife, a fada, com uma paixão profunda e inabalável. Soubera-o desde o dia na floresta em que o acusara de ciúmes. Era a força dos seus próprios sentimentos que lhe parecia nova e chocante. Algo tomara conta dela sorrateiramente, algo cujo significado apenas percebera naquele momento, depois de Faolan se ter ido embora. A deusa brincara com ela, trazendo-lhe não um, mas dois homens para amar. E, por mais que lhe custasse admiti-lo, parecia a Ana que precisava dos dois. Tal nunca poderia ser. Faolan tinha razão. Naquele jogo cruel a três, um deles destinava-se a ficar sozinho."

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

"Tão Longe de Casa" de Curtis Sittenfeld


Resumo:
Lee Fiora, uma adolescente com catorze anos, informada e inteligente, ganha uma bolsa para ir estudar no prestigiado colégio de Massachussets que a preparará para a universidade. Para trás ficam a família e as recordações de infância em Indiana. Nos próximos quatro anos as suas diversas experiências são descritas tal como se sentisse como um peixe fora de água, perplexa e atónita pelo novo mundo que a rodeia. As complicadas relações com os professores, as intensas amizades com as outras raparigas e a relação com um rapaz que é menos que um namorado mas mais que um amigo combinam-se num singular retrato do excitante e ao mesmo tempo doloroso universo adolescente. Como estudante, Lee sente-se uma intrusa rejeitada pelos outros, sentimento que a conduz a comportamentos auto-destrutivos, abalando a sua identidade perante a comunidade escolar. Uma estreia auspiciosa de uma talentosa escritora que apenas com dezasseis anos venceu um concurso de ficção.

«Hilariante…Uma narrativa com uma estrutura rica».
The New Yorker

«Um dos comoventes e precisos retratos da adolescência».
San Francisco Chronicle

«Uma história complexa sobre classes sociais e raças».
The Boston Globe
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Biografia da escritora:
Curtis Sittenfeld, americana, ganhou com apenas dezasseis anos o concurso da Seventeen Magazine, em 1992 e, em 1996, o concurso anual The Mississipi Review’s. Licenciada pela Universidade de Stanford e pelo Iowa Writer’s Workshop, já colaborou para publicações variadas como The New York Times, Fast Company, The Washington Post e com a rádio. Recebeu o Michener-Copernicus Society Award e actualmente trabalha como professora de Inglês a tempo parcial na St. Albans School, em Washington.
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Comentário:
Este é um livro que retrata todas as peripécias vividas nas adolescência. Não tenho grande comentário a fazer. É um livro um pouco "parado" se é que me entendem. Não é muito entusiasmante e além disso é um pouco monótono, mas lê.se bem. É sem dúvida um romance que todos os jovens gostariam de ler.
É o tipo de livro que se lê numa tarde de Inverno enroscada no cobertor com uma chávena de chá de chocolate em cima da mesinha. =P

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

"Abandonada" de Anya Peters


Resumo:
Esta é uma histórica verídica contada na primeira pessoa. Separada da mãe verdadeira ao nascer, Anya cresce num ambiente de terror, dominado pelo seu tio manipulador e violento. Agredida, humilhada e violada por ele desde os seis anos de idade, Anya pensa que nada mais lhe poderá acontecer. Mas acontece…
O tio de Anya torna.se descuidado nas suas agressões e começa a violá.la à frente dos outros filhos. Quando os seus irmãos passam a chamá.la de "prostituta", Anya não consegue aguentar e todos os segredos que é obrigada a guardar desde sempre são revelados. E então, a sua “Mamã”(tia), a única pessoa que Anya sempre amou e cujo afecto a ajudara a suportar aquela existência de terror, abandona-a.
Decidida a começar uma nova vida, Anya esconde os seus sentimentos e tenta seguir em frente. Mas quando se torna uma sem-abrigo, passando a viver no próprio carro, sabe que tem de lidar com os segredos do passado para poder encontrar a segurança e felicidade que sempre desejou. Anya começa, então, a descrever as suas experiências num diário na Internet. Rapidamente, o seu blogue conquista uma série de leitores, contribuindo para a reflexão os "sem-abrigo escondidos" e levando à publicação da sua história.
Hoje, Anya já não é uma sem-abrigo. Anya Peters é um pseudónimo.
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Biografia da escritora:
A biografia da escritora é o próprio livro.
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Comentário:
Esta é uma história que me comoveu. É violenta, não só pela forma como Anya descreve os abusos sexuais que sofreu, como também por todo o sofrimento psicológico que descreve. É um livro que se lê de "enfiada". Li.o em 2 dias. Não estava à espera deste final... Um blog "salva.lhe" a vida.
Anya abrigava.se num hospital durante o dia e dormia no carro, á noite. Certo dia quando estava a almoçar no hospital, lê num jornal um artigo sobre blogues. Recorre à biblioteca, onde acede à internet e cria um. Conta a sua história no blog, e o The New Yorker Times convida.a a escrever o livro. Como esta é uma história verídica, não posso criticar o final, mas posso dizer que não ultrapassou as minhas expectativas. Por norma não gosto de contar muitos promenores acerca da história, mas achei que o podia fazer.. de qualquer das maneiras se acederem ao blog da escritora conhecerão a história..
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Anexo:
Podem aceder ao blog de Anya aqui -> WanderingScribe.

domingo, 10 de agosto de 2008

Desconto, descontos, descontinhos.

Ora bem, devo informar.vos que nesta segunda.feira, ou seja, amanhã, todos os livros que comprarem na livraria Bertrand estão a 20% de desconto.

Devo também dizer.vos que fui uma das felizardas que chegou aos 1500 pontos. Recebi um talão de €10 e comprei um livro à borlix (à escolha). Escolhi: "Na Corda Bamba" de Joanne Harris. Tudo isto com o cartão Bertrand. Por cada euro acumulam 15 pontos. Vale a pena! Podem pedir o cartão pela internet basta aceder ao site Bertrand. Mas, para que fique bem claro, não ganho comissão! :P

sábado, 9 de agosto de 2008

"O Espelho Negro" de Juliet Marillier


Resumo:
"O Espelho Negro" é o primeiro livro da saga "As Crónicas de Bridei", que é narrado no reino dos Pictos (Escócia) - Fortriu, em meados do séc. VI, descrevendo o percurso desde a infância até à maturidade do jovem Bridei. Este é criado pelo poderoso druida Broichan que tem como missão ensiná.lo e prepará.lo nas artes da guerra e da erudição, nada mais que prepará.lo para subir ao trono. Bridei, será testado tanto no mundo dos homens como no mundo mágico dos Good Folir (Boa Gente), numa guerra desleal onde a confiança e a traição são separadas por estreitos caminhos por onde ele passará. Bridei cedo aprende a conviver com o medo e a solidão, mas quando acorda no meio de uma noite de Inverno gelada e encontra um bebé na soleira, recolhe-a e agradece aos deuses essa dádiva de uma companhia, o que definitivamente vai determinar o seu futuro. Esta criança vem atrapalhar os planos do seu pai adoptivo (Broichan) e dos seus companheiros, pois é uma filha dos Boa Gente que vive no mundo dos Homens e que faz as suas próprias regras, conforme os seus interesses e necessidades. Mas nem Bridei e a menina Tuala estão dispostos a escutar a voz da razão e um forte sentimento de proteção e amizade logo se enlaça, formando-se mais tarde não mais aquele sentimento que se tem entre irmãos, mas num amor que um homem e uma mulher sente...
Juliet Marillier apresenta.nos um poderoso romance sobre dever, destino e desejo. Com as suas soberbas descrições o leitor viaja num mundo simples e ao mesmo tempo complexo, onde as florestas e os seus grandes lagos muitas vezes escondem a sua própria força e magia. As personagens e as suas características expressivas tão peculiares, são sem dúvida nenhuma o grande destaque deste livro. Juliet descreve.nos em várias formas o amor, a amizade, a lealdade, a tolerância e a compreensão, comprometidos por uma força maior, totalmente transcendentes. Há certas coisas na nossa vida, que muitas vezes não se tem como se expressar somente em palavras, exactamente por serem sentimentos tão puros e imaculados, mas Juliet Marillier com toda a sua maestria conseguiu exactamente retratá.los!
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Biografia da escritora:
Juliet Marillier nasceu em Dunedin, na Nova Zelândia, uma cidade com fortes tradições escocesas que a influenciaram profundamente. Licenciou-se com distinção em Linguística e Música na Universidade de Otago e tem tido uma carreira variada que inclui o ensino, a interpretação musical e o trabalho em agências governamentais. É a autora da internacionalmente famosa trilogia "Sevenwaters": "A Filha da Floresta", "O Filho das Sombras" e "A Filha da Profecia", que ganharam vários prémios internacionais tendo sido a autora aclamada como a sucessora de Marion Zimmer Bradley.
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Comentário:
Acabei! Há livros que estão destinados a serem épicos no mundo da literatura, há escritoras que se nos prendem no coração e nos fazem desejar por uma nova criação. Este livro retrata tudo isso. Houve momentos em que palpitei sem saber o desfecho de uma cena, em que me irritei e me surpreendi com algumas personagens. A intriga palaciana está bem patente neste livro, a magia aparece subtilmente nas entrelinhas, e o amor atinge o seu zénite no final, deixando um suspense...O próximo livro trará de certeza novas surpresas. R-e-c-o-m-e-n-d-o!!
Agora vou fazer um intervalo pequenino nas Crónicas de Bridei e ler o livro "Abandonada" de Anya Peters que está à minha espera na prateleira há já 3 dias :P, mas logo a seguir vou ler "A Espada de Fortriu" (2.º livro da saga). ;)

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

"O Sorriso das Estrelas" de Nicholas Sparks



Resumo:
Esta é a história de duas pessoas de meia-idade que se encontram por acaso na pequena cidade costeira de Rodanthe na Carolina do Norte. Uma dona de casa que está focada em todos menos nela, envolve-se num caso breve, intenso e secreto com um estranho que muda a sua vida para sempre. A história começa com Adrienne Willis de 60 anos, a mãe divorciada, com três filhos. Para ajudar a sua filha a lidar com a morte recente do seu marido, Adrienne conta-lhe a história do seu caso amoroso, que teve lugar 15 anos antes. Na altura, o ex-marido de Adrienne tinha.a deixado por uma mulher mais nova. Esta rejeição marca profundamente a sua vida, e Sparks retrata realisticamente uma mulher vulnerável e isolada que se dedica a criar os seus filhos para escapar ao seu desespero. Paul Flanner, o seu amante, é um cirurgião e um trabalhador compulsivo sem relações genuínas com a sua mulher e filho, cujo mundo se despedaça completamente quando um dos seus doentes morre inexplicavelmente. Nicholas Sparks constrói uma relação plausível entre os protagonistas, mas a história e inevitabilidade dos seus destinos são um pouco óbvias.
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Biografia do escritor:
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Comentário:
Já que estou "numa" de Nicholas Sparks vou postar todos os que tenho e já li de enfiada. Hm, já não me lembrava muito deste livro..já o li há imenso tempo, de qualquer das maneiras bastou.me esfolheá.lo e ler alguns excertos para o recordar.
É um livro pequeno e de fácil leitura, profundo, cheio de ideias verdadeiras, e que me conseguiu transmitir diversos sentimentos em muito pouco tempo.
Devo dizer que de todos os livros que já li do Nicholas Sparks (5 no total), este foi o que menos me agradou, talvez pelo final óbvio que o escritor preparou ou talvez, simplesmente porque as histórias dele são sempre muito parecidas. De qualquer das maneiras não deixa de ser um bom livro!

domingo, 3 de agosto de 2008

"Três semanas com o meu irmão" de Nicholas Sparks e Micah Sparks


Resumo:
"Três semanas com o meu irmão" foi escrito por Nicholas Sparks em parceria com o seu irmão mais velho Micah. Este é portanto o livro da vida da família Sparks - e, como em todas as suas outras obras, há nele muito de autobiográfico, subjacente ao "enredo" que prende o leitor da primeira à última página: a partir de um convite/brochura que só não foi parar ao cesto dos papéis por mero acaso. Nicholas e Micah Sparks aceitam o desafio de uma viagem de três semanas à volta do mundo, a ter início no Hemisfério Sul e a terminar no Círculo Polar Árctico. Os dois irmãos, unidos desde a infância por uma sólida amizade e um forte conceito de união familiar, transformam esta viagem numa peregrinação interior e espiritual, num tempo de reencontro e reconciliação com o passado simultaneamente trágico e feliz que partilham.
A figura da mãe na sua infância, uma mulher simultaneamente terna e forte, que soube incutir-lhes o espírito do amor fraternal, a figura um pouco ausente do pai, as constantes mudanças de casa, escola e amigos, as dificuldades financeiras que faziam com que os brinquedos fossem escassos (e constituíssem, por isso mesmo, um estímulo imaginoso na ocupação dos tempos livres), a morte dos pais, a doença da irmã, o problema do seu próprio filho Ryan e o seu amor incondicional pela mulher - em muito de tudo isto o leitor se revê, identificando-se com uma simplicidade e uma franqueza narrativa tocante. Será este, afinal, o êxito da sua obra? Nicholas Sparks revela-se aos olhos dos seus leitores como um homem íntegro, apaixonado, responsável, terno e ao mesmo tempo com um espírito de aventura e rebeldia. Conhecedor minucioso dos cantinhos da alma humana, revela-se particularmente sábio quando se trata da alma feminina: só assim é possível que os homens dos seus livros sejam sabedores de como amar uma mulher, como fazê-la feliz, como surpreendê-la ainda que ao fim de muitos anos em comum.
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Biografia do escritor:
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Comentário:
Para os eternos fãs de Nicholas Sparks, ou mesmo para quem não conhece o autor, este é um excelente romance. Mais do que os relatos de uma viagem à volta do mundo, a obra relata uma viagem na vida de dois irmãos.
Através desta leitura, podemos conhecer melhor Nicholas Sparks e até entender a sua escrita. De facto, as inúmeras dificuldades e desilusões por que passou ao longo da vida explicam porque motivo os seus romances são sempre providos de tragédias.
Já li este livro em 2004, na altura arriscava.me a dizer que era o meu livro preferido, hoje, depois de já ter lido tantos livros, não posso dizer que seja o meu predilecto, mas está bem no topo das minhas preferências. Recomendo.o, porque realmente é maravilhoso! Se o comprarem, não se vão arrepender, garanto!
Uma excelente leitura!

sábado, 2 de agosto de 2008

"Uma Promessa para Toda a Vida" de Nicholas Sparks

Resumo:
A vida de Miles Ryan poderia ter acabado no dia em que mataram a sua mulher, dois anos antes, num acidente de viação. Missy, o seu primeiro e último amor, namorada de liceu, esposa e mãe de Jonah, seu único filho, tinha sido morta e o seu assassino fugido do local do crime. Como marido saudoso e homem apaixonado chora a morte da mulher amada, mas como Xerife de New Bern, na Carolina do Norte, vive obcecado pela injustiça do condutor assassino não ter sido capturado e punido. Sarah Andrews é professora primária, em fuga de Baltimore, de um casamento desastroso e de um divórcio problemático. Pensou encontrar na pacífica cidade de New Bern uma oportunidade para o início de uma nova vida. Foram as suas próprias feridas, ainda a sarar, que a tornaram sensível à mágoa e dor que logo notou nos tristes olhos de Jonah, seu aluno, e depois nos de Miles. Sentindo que esta poderia ser a última chance de viverem e de serem felizes, Sarah e Miles procuram começar de novo. E pela primeira vez em anos irão novamente rir e amar. Uma vez apanhados numa relação amorosa serão forçados a reavaliar o significado das suas vidas: Miles terá que superar o drama de ter perdido a mulher que amava e Sarah terá que revelar um segredo que os une, mas que poderá separá-los para sempre.
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Biografia do escritor:
Nicholas Sparks viveu a sua juventude em Fair Oaks, na Califórnia e vive actualmente na Carolina do Norte com a família. Foi premiado com uma bolsa de estudos da Universidade de Notre Dame pelos seus excelentes resultados e, em 1988, licencia-se em Economia. Curiosamente, o seu sonho era tornar-se atleta de alta competição, sonho de que teria de abdicar devido a um grave acidente. Iniciou-se a escrever enquanto trabalhava como delegado de informação médica e, mais tarde, surge Theresa Park, agente literária, que se propôs representá-lo, vendendo os direitos do seu primeiro romance, "O Diário da nossa paixão", à Warner Books.
Recentemente seleccionado como o melhor escritor pelo Entertainment Weekly, Nicholas Sparks é hoje considerado o mais bem sucedido e proeminente contador de histórias norte-americano.
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Comentário:
Em "Uma Promessa Para Toda a Vida", Nicholas Sparks escreve, com uma brilhante intensidade, sobre os amargos deslizes da vida e seus opostos momentos de incomparável doçura. Mais do que uma simples história de amor, é no fundo uma poderosa mensagem sobre a falibilidade do ser humano, sobre os erros cometidos, mas também sobre as suas virtudes: perdão, tolerância e amor, valores esquecidos nos dias de hoje...
Um livro a não perder! ;)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

"O Perfume - História de um assassino" de Patrick Süskind


Resumo:
O livro conta a história de um homem que possui um olfacto extraordinariamente apurado mas não possui cheiro próprio.
A história situa-se no século XVIII, em Paris, depois em Auvergne, em Montpellier, em Grasse e finalmente retorna a Paris. O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasceu no meio de tripas de peixe atrás de uma banca, onde a mãe, que algumas semanas depois foi executada por infanticídios, vendia peixe. Grenouille possui duas características excepcionais: E
ele não tem cheiro nenhum, o que assusta a sua ama e as crianças com quem ele vive no orfanato, mas que permite que ele passe totalmente despercebido. Durante a história, essa ausência de odor, de que ele se dá conta somente bem mais tarde, será compensada pela criação de perfumes mais ou menos atraentes, que Grenouille utiliza de acordo com as circunstâncias a fim de ser notado pelos outros; ele tem um olfacto extremamente desenvolvido, o que lhe permite reconhecer os odores mais imperceptíveis. Conseguia cheirá–los por mais longe que estivessem e armazenava–os todos no seu nariz. Esse olfacto é sua única fonte de alegria, que ele aproveita para confeccionar, sem a mínima experiência, perfumes de qualidade excepcional.
Durante a sua vida tem vários acidentes e doenças, trabalha como aprendiz de curtidor de peles e depois como aprendiz de perfumista e, graças às suas características, enquanto foi aprendiz de perfumista aprendeu várias técnicas para a criação de um perfume.
Grenouille um dia encontra uma jovem, com um perfume totalmente diferente de todos os outros milhares de perfumes que ele guardava na memória, e acabará por matá-la, com as suas próprias mãos, de tanto desejar apoderar-se do seu odor. Mas, esta jovem é apenas uma das muitas jovens que o protagonista acaba por matar (26 no total), em busca do perfume perfeito.
No final da história, Grenouille volta a Paris e bem...não vou contar o final da história, se quiserem saber têm de ler o livro, acho que até já contei mais do que aquilo que devia..
A acção divide-se entre o mundo dos perfumes, traduzido pelo título "O Perfume", que servem para encobrir o mundo dos fedores, dos crimes e da hipocrisia que caracterizam a cidade de Paris no século XVIII.
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Biografia do escritor:
Patrick Süskind nasceu a 26 de Março de 1949, em Ambach am Stamberger, perto de München na Alemanha. Estudou história na Universidade de Munique e nos anos oitenta trabalhou como escritor. Em 1985 escreveu o romance, internacionalmente aclamado bestseller "O Perfume - História de um assassino".
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Comentário:
Na minha opinião, "O Perfume" é um excelente livro. Já ouvi diversas opiniões contraditórias acerca da história, no entanto acho que é um bom livro porque, apesar de ter uma estranha história, assiste-se a uma reconstrução histórica, não só da época e das mentalidades como também do ofício de perfumista, que até então era particularmente valorizado e que estava a cargo de artesãos especializados.
Patrick Süskind conduz o leitor de página a página em busca do perfume ideal. Recomendo, mas não garanto que seja um livro que gostarão, pois conheço muitas pessoas que não gostaram, de qualquer das maneiras é sempre bom conhecer.
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Anexo:
O livro, até pouco tempo considerado inadaptável para a linguagem cinematográfica, foi transformado em filme no ano de 2006 pelo director alemão Tom Tykwer. Süskind negociou os direitos de filmagem com o produtor, também alemão, Bernd Eichinger. O filme contou com um elenco de celebridades, tais como Dustin Hoffman e Alan Rickman. O personagem central da história foi interpretado pelo jovem Ben Whishaw. O orçamento da produção extrapolou o valor de 50 milhões de euros, segundo informações contidas no site da Deutsche Welle.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

"Sapatos de Rebuçado" de Joanne Harris


Resumo:
Este, é o seguimento ao livro “Chocolate”, publicado há já uns aninhos atrás.
Nesta segunda incursão pelo universo da primeira história, encontramos as protagonistas do primeiro (Vianne e a sua filha Anouk) a viverem sob identidades falsas (Yanne e Annie, respectivamente). Agora, Vianne tem uma chocolataria em Montmartre e um homem que quer cuidar dela e das suas filhas, Thierry. Contudo, tudo isto se agrava com a chegada de Zozie, uma mulher que, à semelhança de Vianne, é linda e poderosa. Contudo, as intenções de Zozie não são as mais claras, dado que o seu objectivo é, aos poucos, apoderar-se da vida da protagonista. O livro, que é narrado sobre o ponto de vista de três personagens (Zozie, Annouk, Vianne), inclui ainda elementos de outros livros como “Cinco Quartos de Laranja” e trás também de volta a personagem de Roux.
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Biografia da escritora:
Joanne Harris nasceu no Yorkshire, em 1964, de mãe francesa e pai inglês. Com "Chocolate", "Vinho Mágico", "Cinco Quartos de Laranja", "A Praia Roubada", "Na Corda Bamba", "Danças & Contradanças", "Valete de Copas e Dama de Espadas" e "Xeque ao Rei" (todos publicados pela ASA), conheceu um retumbante sucesso internacional, que a adaptação ao cinema de "Chocolate" (com Juliette Binoche e Johnny Depp) veio intensificar. Com Fran Warde, é co-autora dos livros "A Cozinha Francesa" e "Do Mercado para a sua Mesa – Novas Receitas da Cozinha Francesa", também publicados pela ASA.
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Comentário:
Acabei ontem à noitinha de ler o livro. Fiquei triste de chegar ao fim, mas tinha mesmo de ser não é? Este foi o primeiro livro que li da escritora e surpreendeu-me, imenso! Estou agora ansiosa para comprar outro livro dela, talvez "A Praia Roubada", quem sabe? ;)
Vou tentar não revelar muitos pormenores da história, porque a magia do livro acabaria por se perder, mas posso dizer que o livro é uma surpresa maravilhosa, escrito de forma agradável de ler e que nos prende a cada uma das suas personagens.
A história é narrada na primeira pessoa pelas três personagens principais de forma sincera, aberta e clara, como se de um diário se tratasse. O enredo ganhou uma característica doce, gentil e suave, não apenas porque também Anouk narra os seus dias, mas também porque se sente uma magia permanente no ar, como se se tratasse das cores do arco-íris. Não considero esta história mais infantil que a anterior - "Chocolate" (apenas vi o filme). Não. Creio que a história se torna mais envolvente e apelativa, mostrando sentimentos tão humanos quanto a vontade de Vianne de endireitar a sua vida, a de Zozie de se afirmar pessoalmente e a de Anouk se encaixar socialmente na escola que frequenta. Tratam-se, ao fim e ao cabo, de histórias verdadeiras num ambiente pleno de pózinhos, magia e símbolos esotéricos.
As histórias dentro da história são uma mais valia e acabam por contribuir para que o leitor fique completamente envolvido e "apaixonado" por este livro. Realmente, são palavras com sabor a rebuçado que Joanne Harris nos dá a ler. :)
Recomendo vivamente a todos os fãs da escritora e aconselho aqueles que nunca leram nada dela a lerem este livro. Vale mesmo a pena!

sábado, 19 de julho de 2008

"O Diabo veste Prada" de Lauren Weisberger


Resumo:
Andrea Sachs, acaba de sair da universidade e consegue um emprego fabuloso "pelo qual um milhão de jovens era capaz de dar a vida": é contratada como assistente de Miranda Priestley, a editora da mais famosa revista Runaway. No entanto, como assistente pessoal de Miranda, Andrea vê-se forçada a suportar toda uma série de abusos, realizando tarefas como encomendar-lhe o pequeno-almoço, tratar-lhe da roupa suja, fazer de motorista para a cadelinha buldogue francesa, preparar-lhe viagens... Resumindo, Andrea tem de estar disponível vinte e quatro horas por dia para atender aos seus pedidos, e, ainda por cima, sempre com um sorriso no rosto! Será que um ano de sacrifício, ao serviço de um "diabo" que veste Prada, não é um preço demasiado alto a pagar pelo emprego da sua vida?! Um livro hilariante, muito fashion!
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Biografia da escritora:
Lauren Weisberger cresceu na Pensilvânia e mudou-se para Nova Iorque depois de se licenciar para trabalhar como assistente na revista Vogue. Dessa experiência nasceu a inspiração para "O Diabo Veste Prada", romance de estreia da autora, publicado pela Presença nesta colecção.
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Comentário:
Este é um livro repleto de referências a designers, modelos, roupas e glamour, "O Diabo veste Prada" é um livro com um título de arrasar que poderá ser interessante para quem faz parte ou quer fazer parte da indústria da alta-costura. Ao abordar o mundo das editoras de moda de Manhattan, a escritora apresenta páginas e páginas de aulas de moda, condimentadas com uma pitada de frivolidade, pintando retratos realistas e espirituosos do dia-a-dia desse mundo pouco convencional. É uma história engraçada, mas para quem o começar a ler, não se entusiasmem demais.
Penso que Weisberger faz um excelente trabalho ao capturar o cosmos da revista, em que a cafetaria, por exemplo, parece uma clínica de disfunções alimentares, porém alguns elementos incoerentes tornam este romance impróprio para leitura: o facto de ser-se magra e alta ser a chave para a intriga do romance; o facto de Weisberger não permitir à sua personagem vingar-se de Miranda (ao receber uma foto comprometedora, rasga-a); o fim convencional.
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Anexo:
Em 2006, foi realizado o filme baseado no livro. "O Diabo veste Prada", é então uma comédia romântica, muito leve e primaveril, o filme ideal para ver num domingo á tarde. Conta com as participações de Meryl Streep e Anne Hathaway. Foi realizado por David Frankel e baseado no livro de Lauren Weisberger também com o mesmo nome.
Devo dizer que gostei mais do livro do que do filme.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

"O Mistério da Atlântida" de David Gibbins

Resumo:
Jack Howard, um arqueólogo com uma teoria especial sobre a localização da Ilha lendária, que já tantos tinham tentado localizar em vão, durante uma pesquisa submarina no Mediterrâneo tem a inacreditável sorte de encontrar um navio naufragado, onde abundam vestígios que remontam tão longe no passado como a quinze mil anos a.C. Entre a abundância dos tesouros resgatados encontra-se um maravilhoso disco de ouro delicadamente gravado com inscrições. Exaltado, Howard compreende que aquele disco misterioso pode ser exactamente a chave que lhe abrirá as portas da cidade perdida. Assim começa esta aventura que certamente fascinará o leitor tanto pelas descrições de uma civilização grandiosa e extraordinariamente avançada, como o empolgará pela inesperada intensidade da acção que desencadeia.
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Biografia do escritor:
David Gibbins, nasceu em 1962, na cidade de Saskatoon no Canadá onde cresceu. É um escritor bestseller e um arqueologista, sendo mundialmente reconhecido como uma autoridade em naufrágios de embarcações antigas e navios afundados. Doutorado em arqueologia pela Corpus Christi College, ensinou arqueologia, história de arte e história antiga antes de se dedicar à escrita a tempo inteiro. Conduziu também numerosas expedições subaquáticas no Mediterrâneo. É um apaixonado por arqueologia marítima desde a infância tendo mergulhado pela primeira vez num navio abandonado aos 15 anos nos grandes lagos do Canadá.
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Comentário:
Para ser sincera, não consequi acabar o livro! Normalmente gosto dos livros que leio, mas este meus amigos, foi um que nem sequer consegui acabar. Não gosto de dizer mal dos livros, porque cada um tem a sua opinião, mas este é um livro que na minha perspectiva não compensa. O livro tem 364 páginas, cheguei à 205 e desisti completamente. Sinto.me péssima quando deixo um livro a meio, mas achei.o uma perda de tempo. O autor juntou um tema "tanto ou quanto" polémico, mistério, e algumas teorias (com ou sem base, dependendo do leitor). Porém, nota-se um grande, repito, grande! exagero nas descrições dos "gadgets", que torna o livro aborrecido. Mas mesmo assim não deixo de o recomendar, afinal, o que era de nós se tivéssemos todos os gostos iguais?

terça-feira, 15 de julho de 2008

"Harry Potter e os Talismãs da Morte" de J. K. Rowling


Resumo:
É neste sétimo volume que Harry Potter irá travar a mais negra e perigosa batalha da sua vida. Dumbledore reservou-lhe uma missão quase impossível – encontrar e destruir os Horcruxes de Voldemort... Nunca, em toda a sua longa série de aventuras, o jovem feiticeiro mais famoso do mundo se sentiu tão só e perante um futuro tão sombrio. Chegou o momento do confronto final – Harry Potter e Lord Voldemort... nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver... um dos dois está prestes a acabar para sempre... Os seus destinos estão misteriosamente entrelaçados, mas apenas um sobreviverá...
Numa atmosfera apoteótica e vibrante, Rowling desvenda-nos, por fim, os segredos mais bem guardados do universo fantástico de Harry Potter e deixa-nos envoltos, talvez para sempre, na sua poderosa magia. Este sétimo volume tem sido considerado pelo público e pela crítica como o melhor de toda a série de Harry Potter.
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Biografia da escritora:
Joanne Kathleen Rowling (nascida em Chipping Sodbury, Gloucestershire, 31 de Julho de 1965) é a escritora britânica, autora da internacionalmente famosa série de histórias de fantasia infanto-juvenil sobre o jovem feiticeiro Harry Potter.
Tendo crescido e estudado no Reino Unido, Rowling mudou-se para Portugal em 1991, após a morte de sua mãe. Lá, viveu até 1995, na cidade de Porto, onde ensinou inglês. Esteve casada com um jornalista português, Jorge Arantes, que é o pai da sua filha Jessica Rowling Arantes, nascida em 1993.
Rowling nunca foi fã de Tolkien, autor do épico "O Senhor dos Anéis" (dizendo que o leu no colégio, na adolescência e não achou muita graça) e de seu contemporâneo Philip Pullman autor da premiada trilogia "Fronteiras do Universo".
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Comentário:
Bem, nem tenho palvras que cheguem para descrever a grandiosidade deste livro! Este é mais um sucesso de livro que nos trás J. K. Rowling no seu melhor! Em 7 livros do Harry Potter, é claro que há sempre um que marca mais, e sim foi este "Harry Potter e os Talismãs da Morte" o que mais marcou! Talvez por ser o último, talvez por ser o mais revelador! Bem, resta-me dar os parabéns à escritora J. K. Rowling por toda a sua imaginação, por toda a sua dedicação a esta obra, em que obteve fabulosos resultados! É claro que recomendo este livro, aliás, recomendo todos os volumes se ainda não leram nenhum! ;)
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Anexo:
J. K. Rowling não descarta a hipótese de escrever o oitavo livro da saga Harry Potter, embora considere improvável que isso aconteça nos próximos dez anos."Tem havido, desde que terminei (a história com o sétimo volume( momentos de fraqueza, em que digo 'OK' à oitava parte", admitiu a autora em entrevista à revista Time. "Mas se - e é um grande 'se' - alguma vez escrever o oitavo livro acerca daquele mundo (de feitiçaria), duvido que Harry seja a personagem principal. Sinto que já contei a sua história. Mas isto são grandes 'ses', vamos deixar passar dez anos e ver como nos sentimos na altura", acrescentou.

terça-feira, 1 de julho de 2008

"Queimada viva" de Souad


Resumo/Biografia da escritora (história verídica):
"Quando o amor antes do casamento é sinónimo de morte". Souad nasceu e passou uma parte da sua vida na Cisjordânia. Cresceu com trabalho excessivo e violência quotidiana. Aos 17 anos comete o maior dos seus "erros": apaixona-se. Grávida vive atormentada pelo medo e pela incerteza. Após uma sentença decretada numa reunião de família, ela é regada e queimada com gasolina pelo cunhado. No entanto, sobrevive. No hospital é salva fisicamente e agora espera-lhe um novo desafio: uma nova vida num país ocidental. O choque de culturas é inevitável e os fantasmas do passado parecem inabaláveis. Os traumas ultrapassam os limites físicos e têm consequências sobretudo psicológicas impossíveis de esquecer.
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Comentário:
Li este livro em 2004, quando tinha apenas 12 anos. Ainda me lembro perfeitamente da história. Foi um livro que me comoveu, não só pela violência descrita aliado ao facto da minha idade ser inferior à da recomendada para o ler, como também pelos actos desumanos que são praticados. Este é um relato comovente e aterrador na primeira pessoa de uma jovem da qual o único crime foi amar antes do casamento. Este livro alerta-nos para a violência e discriminação que sofrem ainda mulheres em todo o mundo, reduzidas à submissão, pouco lhes resta senão a obediência. O crime de honra é muitas vezes dissimulado pelas próprias leis do país e condena milhares de mulheres à morte. O crime de honra não tem fronteiras! Este, sim, é um livro imprescindível capaz de consciencializar até os mais cépticos. Leiam, pois não vão ficar indiferentes!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

"O Jardim Encantado" de Sarah Addison Allen


Resumo:
Num jardim escondido por trás de uma tranquila casa na mais pequena das cidades, existe uma macieira e os rumores que circulam dão conta de que dá um tipo muito especial de fruto. Neste encantador romance, Sarah Addison Allen conta a história dessa árvore encantada e das extraordinárias pessoas que dela cuidam...
As mulheres da família Waverley são herdeiras de um legado mágico — o jardim familiar, famoso pela sua macieira, que produz frutos proféticos, e pelas suas flores comestíveis, imbuídas de poderes especiais que afectam quem quer que as coma.
Proprietária de uma empresa de catering, Claire Waverley prepara pratos com as suas plantas místicas — desde as chagas que ajudam a guardar segredos até às bocas-de-lobo destinadas a desencorajar intenções amorosas. Entretanto, a sua idosa prima Evanelle é conhecida por distribuir presentes inesperados cuja utilidade se torna mais tarde misteriosamente clara. São elas os últimos membros da família Waverley — com excepção da rebelde irmã de Claire, Sydney, que fugiu da cidade há muitos anos.
Quando Sydney regressa subitamente a Bascom com uma filha pequena, a tranquila vida de Claire sofre uma reviravolta, bem como a fronteira protectora que erigiu tão cuidadosamente em redor do seu coração. Juntas uma vez mais na casa onde cresceram, Sydney reflecte sobre tudo o que deixou para trás ao mesmo tempo que Claire se esforça por sarar as feridas do passado. E em pouco tempo as irmãs apercebem-se de que têm de lidar com o seu legado comum para viverem as alegrias do futuro que se anuncia.
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Biografia da escritora:
Sarah Addison Allen nasceu e cresceu em Asheville, na Carolina do Norte, onde prepara actualmente o próximo livro. Os direitos de "O Jardim Encantado", o seu romance de estreia, estão vendidos para 15 países.
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Comentário:
Uma encantadora história que combina a culinária com a magia. É um romance que enfeitiça até o coração mais duro!

domingo, 29 de junho de 2008

"A um passo do abismo" de Mónica Sintra


Resumo:
... Este livro '' A um Passo do Abismo'' retrata uma história de uma adolescente fascinada desde muito cedo pelo mundo da música que sempre soube o queria para a vida. Mas não contava que a realização do seu sonho se fizesse acompanhar de um pesadelo longo e doloroso. Aos treze anos de idade e já inserida no meio artístico, exigente com a imagem, a pressão culminou com o aparecimento de uma anorexia a que se seguiria um processo de bulimia. Emagrecer nunca era demais. Ser magra significava beleza, aceitação e controlo sobre a própria vida. O relacionamento secreto com a alimentação e o corpo fez obscurecer todos os outros aspectos da sua vida, crivando-a de obsessões, vergonha e medo. Em "A Um Passo do Abismo" Mónica Sintra dá voz a um testemunho da sua luta contra uma doença que consome as suas vítimas em silêncio. Uma confissão sincera que pretende servir de ajuda a tantas e tantas pessoas que continuam a sofrer, longe dos pais, irmãos, amigos, namorados e maridos… Uma experiência pessoal carregada de informação sobre a prevenção e tratamento dos distúrbios alimentares e que propõe uma saída para as pessoas que dela sofrem. Um grito de alerta mas sobretudo uma mensagem de esperança sobre um problema que afecta solitariamente um cada vez maior número de pessoas.
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Biografia da escritora:
Mónica Sintra (Lisboa, 1978) é uma cantora portuguesa. Em 1992, pertenceu aos Jovens Cantores de Lisboa, e, nesse mesmo ano, participou num concurso musical do programa de televisão "Momentos de Glória", da TVI, onde obteve o primeiro lugar.
Presentemente continua a lançar álbuns de música portuguesa, a dar concertos e empresta ainda a sua voz a várias bandas sonoras televisivas.
A canção "Afinal havia outra" foi interpretada em versão inglesa pelo cantor David Fonseca a pedido dos Gato Fedorento e foi cantada na XXXVII Gala dos Tesourinhos Deprimentes.
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Comentário:
Bem, para ser sincera esperava mais. Quando soube que este livro tinha saido, corri o mais rápido que pude a uma Bertrand, e no entanto fiquei desiludida. De qualquer das maneiras gostei de saber como a escritora encarou a doença e a superou. Mónica Sintra conseguiu transferir perfeitamente os seus sentimentos para o papel. Recomendo a quem quiser saber mais acerca destas duas doenças: anorexia e bulimia. É sempre bom saber um pouco mais.